Em fevereiro de 2019, a Inglaterra anunciou que começou um projeto de implantação da disciplina mindfulness em mais de 370 escolas por toda a nação. O Secretário de Educação Britânico, Damian Hinds disse: “As crianças começarão a ser introduzidas gradualmente a assuntos ligados à saúde mental, bem-estar e felicidade desde o início da escola primária”. A intenção dessa ação é combater a ansiedade, depressão e outros desafios de caráter mental e emocional que estão se tornando lugar comum em qualquer ambiente educacional. Segundo dados da OMS (2017), o Brasil é o país mais ansioso do mundo e frequentemente encontramos professores sob pressão e alunos estressados. Quando pensamos em escola, muitas vezes só pensamos nos conteúdos que serão passados para nossas crianças para que no futuro elas tenham condições de passar no ENEM, mas e o emocional? Como ele fica, se considerarmos que atualmente várias crianças sofrem bullying por falta de um direcionamento emocional e muitas têm até medo de ir para a escola? A escola é um ambiente fértil e oportuno para que o aprendizado social e emocional floresça, mas muitas escolas ainda nem pensam nisso e não têm ferramentas para ajudar seus alunos emocionalmente.

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Mindfulness é uma palavra sofisticada que significa prestar atenção sem julgamentos ao que está acontecendo no seu mundo interno (pensamentos e sensações corporais) e externo. Pesquisas mostram que alunos que praticam mindfulness, geralmente melhoram sua atenção, comportamento, humor e a habilidade de se autorregular. Mindfulness pode ajudar os alunos a desacelerarem e consequentemente, fazerem escolhas inteligentes mesmo quando estão sob estresse. Além disso, pesquisas mostram que mindfulness ajuda na melhora da memória, empatia entre alunos e na compaixão. Alunos passam a fazer mais frequentemente, o exercício de se colocarem no lugar do outro. Crianças que têm a oportunidade de crescerem com professores que ensinam e praticam mindfulness, desenvolvem suas habilidades de regular suas emoções, de se entenderem melhor, de reconhecer suas necessidades,  e de construírem um mundo mais empático, pacífico, saudável e feliz.